Antártica
Fev 2024
Vivência do Olhar
Circlo Polar
ANTÁRTICA DE VELEIRO PARA AMANTES DA NATUREZA
“Antártica é a catedral branca da natureza. Chegar lá de veleiro é místico e é o tempo necessário
para preparar o espírito.
A viagem de uma vida”,
Xavier Stump (passageiro do Kotik. 2016)
Por que fazer essa viagem?
Agradeço pelo seu interesse por nossa viagem à Antártica, de 45 dias, a bordo do veleiro Kotik, a ser realizada no verão austral, entre janeiro e fevereiro de 2024.
É possível ir à Antártica em aviões barulhentos e enormes navios, mas preferimos a frequência de um veleiro polar. O Kotik, nosso amado veleiro, foi feito com casco de 16mm de aço e calado raso (apenas como exemplos de sua solidez e adaptação ao gelo) pelo capitão Oleg Bely, um dos pioneiros da exploração antártica em veleiro, ao lado de lendas como Jérôme Poncet, seu amigo lobo-do-mar mais próximo. Foram como irmãos ao longo de décadas de exploração e mapeamento da Península Antártica e do Arquipélago das Shetland do Sul.
Tive a honra de integrar a equipe do saudoso capitão Oleg tanto na Antártica quanto na Terra do Fogo e Patagônia. Atualmente, o capitão Igor (filho de Oleg e Sophie Labruhe) é o administrador do veleiro. O Kotik realizou 37 viagens à Antártica e 10 ao Ártico. É um veleiro conhecido mundialmente e respeitado inclusive pela Marinha do Brasil.
Anos de convivência e amizade com a família Kotik me brindaram a confiança por parte do capitão Igor para que eu tivesse carta branca para organizar mais uma viagem de veleiro. É a sétima vez que entro de cabeça na organização de um grupo para uma viagem de veleiro à Antártica.
A Antártica é, para mim, o melhor lugar do mundo. Tanto o lugar, como a viagem de veleiro tornaram-se parte da minha vida. Mas a minha história com a Antártica remonta à minha infância ao lado de uma avó viajante e sonhadora que sempre me falou sobre a Antártica e me incentivou a conhecê-la, mesmo sem ter, na época, a noção real do que se tratava. Formei-me em História na Universidade de Brasília, justamente com um trabalho sobre a presença brasileira na Antártica. Estive na Antártica a bordo de aviões, navios e, principalmente, de veleiros. A partir de 2014, tornei-me o curador da exposição Antártica do Museu Virtual de Ciência e Tecnologia da Universidade de Brasília. Escrevi o livro “As Aventuras do Tio Max na Antártica”, em 2015, e recebi o prêmio de Fotografia na categoria Zonas Frias do Memorial Maria Luisa, na Espanha, em 2017. Além da História e da Fotografia, recebi formação em Montanhismo no Clube Andino de Bariloche (Argentina), com especialização em Trânsito por Glaciares e Resgate em Gretas. Realizei mais de 30 expedições ao redor do mundo, como no Himalaia, Andes, África, Ásia e América do Norte. Adquiri experiência e prática que, hoje, me permitem atuar como guia de campo na Península Antártica, a convite do capitão Igor. Meu papel é encontrar pessoas com o espírito de aventura e de trabalho em equipe, corajosas, destemidas e cheias de energia para curtirem uma viagem de 28 dias no único continente-santuário-natural do mundo. E, no seu caso, e de outras expedições específicas como BBC e Ocean, o de estimular projetos criativos, inovadores, artísticos e esportivos. Projetos com valores éticos que deem voz também à preservação da Antártica.
"Que suas trilhas sejam tortuosas, sinuosas, solitárias, perigosas, levando à vista mais surpreendente ..." E. Abby
Gostaria de escrever mais, porém, vou me restringir neste momento a informar-lhe a respeito do que é mais importante para começar a viagem de fato. Fico à disposição para esclarecer e conversar sobre o que você quiser.
Viagem de Veleiro à Antártica
Porto de partida e chegada: Ushuaia (Argentina) ou Puerto Williams (Chile)
Roteiro provável:
Dia 1: partida de Ushuaia
Dia 2, 3 e 4: travessia do Estreito de Drake
Dia 5: chegada na Antártica
Dia 5 a 24: navegação e atividades na região Circulo Polar Antártico
Dia 25: partida da Antártica
Dia 26 e 27: travessia do Estreito de Drake
Dia 28: chegada em Ushuaia
Fev 2023
Antártica
Vivência do Olhar
Quer fazer parte desta viagem extraordinaria!
venha conosco
O veleiro conta com camarotes, camas individuais, 3 banheiros, cozinha, sala de estar/jantar, aquecedor (Fotos em anexo).
Valor do veleiro por passageiro (All inclusive):
U$ 15.000 pagos diretamente ao capitão Igor Bely.
40% para reservar a vaga
40% até 3 meses antes da partida
20% na véspera da partida
Absolutamente tudo incluso durante os 28 dias de navegação: café da manhã, almoço, jantar, lanchinhos a qualquer hora, kit lanche para os passeios diários, uma cama em um dos camarotes e bebidas (vinhos, cervejas, espumantes, sucos etc). Além, é claro, do serviço da tripulação, acompanhamento em terra, trâmites de fronteiras e autorizações frente ao Sistema do Tratado Antártico.
Gostaria de frisar que eu não sou remunerado por esse trabalho. Faço esse trabalho “voluntário” porque, após ter visitado outros países em mais de 100 ocasiões, escolhi a Antártica como o destino da minha vida. Espero que você se encante com este convite e decida viver o sonho de conhecer o planeta branco com seus próprios olhos.
É muito dinheiro? Sim, é. Mas, por outro lado, não é. Nunca vi alguém se arrepender de ter ido para a Antártica ou de ter investido “tanta” grana numa viagem só. Verdade seja dita, quando se volta da Antártica, e os dias passam, percebe-se que o dinheiro é a última coisa da qual lembramos.
Gostaria de esclarecer porque o valor é U$ 15.000. Primeiramente, devo dizer que há menos de 20 veleiros no mundo que fazem charter para a Antártica. Nas primeira vezes que eu fui de veleiro, na década passada, o valor era de U$ 10.000 por pessoa (um número que estava estático durante uns 15 anos). Porém, com o aumento das taxas portuárias, combustível, alimentação, bebidas, revisão e manutenção do veleiro e os honorários da tripulação, os capitães desses veleiros se reuniram em 2015, nas ilhas Malvinas, e decidiram, em comum acordo, de estabelecer um valor fixo por dia. Dentro dessa matemática, 28 dias valem U$ 15.000. A tendência é que esse valor aumente nos próximos anos, então, quanto antes você for melhor. Até porque as leis antárticas são mutáveis e, no futuro, viagens independentes de veleiro se tornarão uma raridade.
É possível ir para a Antártica, como falei acima, de avião (4 mil dólares ida e e volta para passar algumas horas na ilha do Rei Jorge) ou de navios-cruzeiros (valores entre 5 mil dólares para 7 dias e 19 mil dólares para 24 dias). Ressalto esta informação para vocês terem uma ideia (econômica, no caso) do que estamos oferecendo.
Sem contar um dos grandes diferenciais de se viajar de veleiro pela região antártica: grupo muito pequeno (seremos 10 ao total, contando com a tripulação), flexibilidade de roteiro (em outras palavras, procuramos sempre acompanhar as previsões meteorológicas para estarmos no melhor lugar com o melhor tempo) e muuuito tempo para descansar, contemplar, fotografar e absorver todo o conhecimento que uma viagem dessas é capaz de oferecer.
"Como todo grande viajante, vi mais do que poderia me lembrar e lembro do que poderia ter visto", Benjamin Disrael
Por fim, o navegador francês Jérôme Poncet escreveu que a única forma genuína e autêntica de se conhecer a Antártica é estar embarcado em um veleiro silencioso e bem equipado.
Convite feito!
Um abraço,
Não incluso
- Passagem aérea Brasil - Ushuaia - Brasil
- Seguro de viagem
Incluso
Se preferir, podemos cuidar também de sua passagem aérea e seguro de viagem.